Bruta Flor
Em meio tempos tão modernos, ainda moderam o nossa forma de ser mulher.
Nossos corpos, ainda continuam sendo olhados como pedaços de carnes, pronto para serem devorados.As nossas bocas ainda continuam calas pelos mesmo que nós dizem ama-las. Nossas vozes buscam eco para soar fora dos quartos que nos assombram, onde foram levadas a força e com dor.
Nós mesmas nos julgamos, criticamos e destruímos nossa própria imagem, algumas ainda tem a coragem de vender pequenas meninas sem piedade de toda infância jogada na esquina.
Levantando- as a força para esse mundo machista, onde o homem sempre acha que domina, só por acha que nasceu para ser rei e servido em qualquer local, hora e sem pergunta se realmente estamos ali, para servir.
E enquanto escrevo, muitas de nós já estamos morrendo algumas caladas, sem motivo para dar um sorriso e outras por ter perdido literalmente a própria vida.
Estamos na luta para igualdade de direito, pelo nosso espaço no mundo social e corporativo, mas ainda estamos tão longe do mundo ideal, onde o único principio que pedimos é o respeito.
Respeito as nossas roupas, respeito ao nosso corpo, respeito apenas respeito.
Somos expostas em fotos, redes sociais, sites pornôs, sem nossa permissão e direito! Pedimos apenas que nos deixem em paz, que haja espaço e segurança, que nós possamos passear a noite sem ter medo ou preocupação de ser estuprada ou molestada na rua. Nós geramos este mundo e não somos retribuídas de forma positiva, nos colocam regras, tabus, impõem boas maneiras para poder ser a mulher perfeita. Mas e os homens, cadê o ensinamento de bom senso?
Nos somos a resistência, somos a revolução, a mudança para um mundo melhor onde todos, serão respeitados, amados e cuidados, como sempre deveria ser. Estamos longe mas não estamos desistindo e seremos fortes como sempre e determinadas nesta luta, que irá valer apena, para retirarmos todas as tristezas derramadas, por quem não merecia sentir.
Thais Nadya M. Frederico
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